Junho Não é Só Orgulho: Também é Saúde Mental Masculina e Isso Precisa Ser Dito

Junho, o mês da conscientização da saúde mental masculina, ainda é invisível demais num mundo onde homens morrem em silêncio, sorrindo no espelho e sangrando por dentro.

De Christopher Catbagan no unsplash - Editado.

Por que não se ensina isso?

Porque a estrutura social ainda engatinha rumo à empatia masculina. Homens foram ensinados a serem provedores, fortes, invulneráveis — e a pagar o preço por isso com a própria vida. A masculinidade tradicional diz que homem não chora, não sente, não desaba... e quando o faz, vira alvo.

A verdade crua:

  • Homens lideram as taxas de suicídio em praticamente todos os países.

  • Morrem mais em acidentes de trabalho, violência urbana e conflitos domésticos.

  • Sofrem violência doméstica também — sim, e muitas vezes sem ter a quem recorrer. Quando revidam, são presos; quando se calam, adoecem.

Essa ausência de conversa, de espaço seguro, de educação emocional masculina é uma falha sistêmica, e não um detalhe esquecido no rodapé dos livros didáticos.

O que impede esse tema de ser ensinado?

  • Instituições de ensino que não priorizam saúde mental como pilar educativo.

  • Cultura do medo e da vergonha — admitir sofrimento é visto como fraqueza.

  • Falta de políticas públicas específicas, campanhas realmente eficazes ou incentivos de mídia.

E sobre a questão conjugal?

A lei protege a mulher como vítima prioritária, mas ignora o crescente número de homens vítimas de abuso emocional, físico e psicológico. Isso não invalida o sofrimento feminino — mas silenciar um lado não cura o outro.
O sistema judicial e social muitas vezes parte do princípio de que o homem é o agressor, e isso deixa vítimas reais desamparadas. A questão aqui não é competir por quem sofre mais, mas aceitar que há sofrimento de ambos os lados — e ele precisa ser ouvido.

Junho deveria ser um mês de megafones.

De rodas de conversa, de campanhas em escolas, empresas, redes sociais. De homens se olhando no espelho e dizendo: "Sim, eu também preciso de ajuda."
Mas a realidade ainda é cinza, abafada, e muitos só descobrem a campanha de junho no obituário de um amigo.

Junho: Mês da Conscientização da Saúde Mental Masculina

Embora junho seja amplamente reconhecido como o Mês do Orgulho LGBT, também é dedicado à conscientização da saúde mental masculina. Esta campanha visa lançar luz sobre os desafios específicos que os homens enfrentam em relação à saúde mental e incentivá-los a buscar ajuda, quebrando estigmas e promovendo discussões abertas sobre o tema.

Por que Focar na Saúde Mental dos Homens?

Os homens enfrentam desafios únicos em relação à saúde mental, muitas vezes devido a expectativas sociais que desencorajam a expressão emocional. Isso pode levar a consequências graves, incluindo maiores taxas de suicídio e abuso de substâncias. Focar na saúde mental dos homens ajuda a abordar esses problemas e promove vidas mais saudáveis e felizes para eles e suas famílias.

Como os Homens Podem Buscar Ajuda?

  1. Falar sobre os sentimentos: Expressar emoções não é fraqueza – é inteligência emocional. Encontrar alguém de confiança para conversar pode aliviar o peso emocional.

  2. Buscar apoio profissional: A terapia ajuda a entender os próprios sentimentos, desenvolver ferramentas emocionais e lidar melhor com desafios diários. Muitos profissionais oferecem atendimentos virtuais, discretos e acessíveis.

  3. Utilizar serviços de apoio: O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br.

Origem do Mês da Conscientização da Saúde Mental Masculina (Junho)

Embora não exista uma instituição única que tenha oficializado o mês de junho como o "Mês da Conscientização da Saúde Mental Masculina" em escala global, o movimento vem ganhando força principalmente a partir de iniciativas independentes e comunitárias nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e, mais recentemente, no Brasil. Ele surgiu da necessidade de:

  • Enfrentar o tabu, que impede muitos homens de falarem sobre saúde emocional.

  • Combater os altos índices de suicídio masculino (dados da OMS e de institutos nacionais de estatística como o IBGE e o CDC dos EUA).

  • Criar um espaço de escuta e autocuidado masculino longe da vergonha e do julgamento.

O movimento ganhou mais notoriedade paralelamente a iniciativas como o “Movember” (novembro), focado na saúde física masculina (próstata, testículos), que também trata de saúde mental.

Portanto, junho é uma extensão simbólica e necessária da pauta do autocuidado masculino – sendo promovido por psicólogos, instituições de saúde e comunidades digitais preocupadas com o bem-estar do homem moderno.

Conclusão

A saúde mental masculina é um tema crucial que merece atenção e ação. Ao destacar junho como o Mês da Conscientização da Saúde Mental Masculina, podemos ajudar a quebrar estigmas, promover discussões abertas e incentivar os homens a buscar o apoio necessário. Seu blog pode ser uma ferramenta poderosa para disseminar essas informações e apoiar essa causa vital.


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Pame - Descobri sobre isso no começo de junho, através de um comercial de uma empresa de jogos que declarou junho como “o mês da conscientização masculina”. Estou viva há 22 anos e nunca tinha ouvido falar sobre isso. Resolvi escrever este post no blog para informar aqueles que também desconheciam. Espero que o conteúdo tenha sido útil. Comente se você já sabia disso ou se ficou sabendo agora, com este post.🌼💚🖉


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