Giz de Cera: Origem, Fabricação e Diferenças Entre Tipos

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O giz de cera é um dos primeiros instrumentos artísticos que muitas pessoas têm contato na infância. No entanto, por trás de sua simplicidade, existe uma história rica e uma estrutura química que influencia diretamente a experiência artística — da vivacidade das cores à sua capacidade de mistura.

Origem e Significado

O termo "giz de cera" deriva da junção de "giz" — palavra que remete a bastões usados para escrita e desenho — com "cera", material-base que define sua composição. Seu objetivo sempre foi o de oferecer uma alternativa mais segura, menos quebradiça e mais vibrante do que o tradicional giz escolar de calcário.
Embora formas rudimentares de bastões de cera colorida existam desde a Antiguidade — há registros no Egito e na Grécia Antiga do uso de cera de abelha pigmentada para pintura —, o giz de cera moderno foi criado no início do século XX. Os grandes responsáveis por sua popularização foram Edwin Binney e C. Harold Smith, fundadores da Crayola, que lançaram os primeiros gizes de cera para crianças em 1903, nos Estados Unidos. A proposta era simples: criar um material acessível, atóxico, fácil de usar e disponível em várias cores.

Como é Feito o Giz de Cera Tradicional

O processo tradicional de fabricação do giz de cera envolve basicamente três ingredientes:

  1. Cera (geralmente de parafina) – Derivada do petróleo, é a base que dá consistência ao bastão.

  2. Pigmentos – Corantes ou pigmentos em pó que dão coloração à massa.

  3. Aditivos – Pequenas quantidades de outros componentes, como estearina (para dureza e brilho) ou ceras vegetais, dependendo da formulação.

A fabricação segue os seguintes passos:

  • A cera é derretida e misturada aos pigmentos até formar uma massa homogênea.

  • A massa colorida é então vertida em moldes no formato de bastões.

  • Após o resfriamento e solidificação, os gizes são desenformados, embalados e prontos para uso.

Giz de Cera vs. Giz Plastificado: Qual a Diferença?

Embora ambos tenham aparência semelhante, a composição química e comportamento na aplicação são bem distintos.

Giz de Cera Tradicional:

  • Feito majoritariamente com cera de parafina.

  • Textura mais macia, permitindo misturas de cores com facilidade.

  • Coloração intensa e vibrante.

  • Pode manchar as mãos ou papéis por ser mais oleoso.

  • Ideal para técnicas artísticas que envolvem sobreposição, sombreamento e mistura manual (como esfumar com os dedos).

Giz Plastificado (ou Resinado):

  • Possui adição de polímeros plásticos à composição.

  • Mais duro e seco ao toque.

  • Difícil de misturar ou sobrepor cores — o atrito é maior, e a cobertura menos uniforme.

  • Mais resistente à quebra.

  • Indicado para uso escolar onde a durabilidade e limpeza são prioridades, mas sacrifica qualidade artística.

Por Que o Giz de Cera É Melhor em Vivacidade e Mistura?

A resposta está na própria cera.

  • Vivacidade das Cores: A cera de parafina possui alta capacidade de retenção de pigmentos, além de ser translúcida, permitindo que a luz reflita com mais intensidade sobre a superfície pigmentada. Isso resulta em cores mais vivas e saturadas.

  • Capacidade de Mistura: A maciez do material facilita a sobreposição e o mesclado entre tons. Quando esfregados, os pigmentos deslizam e se fundem com facilidade, criando transições suaves e efeitos de degradê — algo quase impossível de se fazer com gizes plastificados.

  • A oleosidade natural da cera também facilita técnicas como a encáustica (pintura com cera quente) e o uso sobre superfícies como papel Kraft, madeira ou papelão, onde os gizes mais secos não aderem bem.

Conclusão

O giz de cera tradicional é mais do que um material infantil: é uma ferramenta expressiva com profundidade histórica e potencial artístico. Sua composição à base de cera de parafina o torna imbatível em termos de cor, textura e mistura. Já o giz plastificado, embora mais durável e limpo, peca no quesito expressividade.
Para quem busca liberdade criativa e cores vivas, o bom e velho giz de cera continua sendo uma escolha insubstituível.

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Pame - Eu avisei que ia trazer mais um post sobre esse material. Eu gosto muito da textura do Giz de Cera, o Giz plástico... não gosto muito, pelas cores e pela falta da textura que o de cera deixa. Então, eu fico com os clássicos mesmo. Se gostou do post ou tem algo a acrescenta, deixe um comentário. Tchau. 🌼💚🖉


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